Caros
leitores, estamos concluindo as atividades do Blog com a nossa décima
postagem. Ao longo dessas semanas abordamos as relações entre as
classes sociais e a alimentação através de diversas temáticas,
iniciando com a história da alimentação, as suas relações com a
fome, a desnutrição e as carências de micronutrientes. Discutimos
também a questão da obesidade e o fenômeno fast-food, a presença
dos alimentos-droga ao longo da história e a relação entre a
alimentação e estética através das dietas na atualidade.
Percebemos a tendência atual para a busca de uma alimentação
saudável,
assim como de alimentos funcionais, e
refletimos sobre o custo-benefício dessa
opção, como a melhoria da saúde e da qualidade de vida da
população.
Nessa
perspectiva de saúde, encerramos o blog trazendo os dez passos para
uma alimentação saudável, publicado recentemente na 2ª edição
do Guia Alimentar para a População Brasileira, como forma de
incentivar os leitores a continuarem na busca por hábitos de vida e de
alimentação saudáveis.
1)
FAZER DE ALIMENTOS IN NATURA OU MINIMAMENTE PROCESSADOS A BASE DA
ALIMENTAÇÃO
Em
grande variedade e predominantemente de origem vegetal, alimentos in
natura ou minimamente processados são a base ideal para uma
alimentação nutricionalmente balanceada, saborosa, culturalmente
apropriada e promotora de um sistema alimentar socialmente e
ambientalmente sustentável. Variedade significa alimentos de todos
os tipos – grãos, raízes, tubérculos, farinhas, legumes,
verduras, frutas, castanhas, leite, ovos e carnes – e variedade
dentro de cada tipo – feijão, arroz, milho, batata, mandioca,
tomate, abóbora, laranja, banana, frango, peixes etc.
2)
UTILIZAR ÓLEOS, GORDURAS, SAL E AÇÚCAR EM PEQUENAS QUANTIDADES AO
TEMPERAR E COZINHAR ALIMENTOS E CRIAR PREPARAÇÕES CULINÁRIAS
Utilizados
com moderação em preparações culinárias com base em alimentos in
natura ou minimamente processados, óleos, gorduras, sal e açúcar
contribuem para diversificar e tornar mais saborosa a alimentação
sem torná-la nutricionalmente desbalanceada.
3)
LIMITAR O CONSUMO DE ALIMENTOS PROCESSADOS
Os
ingredientes e métodos usados na fabricação de alimentos
processados – como conservas de legumes, compota de frutas, pães e
queijos – alteram de modo desfavorável a composição nutricional
dos alimentos dos quais derivam. Em pequenas quantidades, podem ser
consumidos como ingredientes de preparações culinárias ou parte de
refeições baseadas em alimentos in natura ou minimamente
processados.
4)
EVITAR O CONSUMO DE ALIMENTOS ULTRAPROCESSADOS
Devido
a seus ingredientes, alimentos ultraprocessados – como biscoitos
recheados, “salgadinhos de pacote”, refrigerantes e “macarrão
instantâneo” – são nutricionalmente desbalanceados. Por conta
de sua formulação e apresentação, tendem a ser consumidos em
excesso e a substituir alimentos in natura ou minimamente
processados. Suas formas de produção, distribuição,
comercialização e consumo afetam de modo desfavorável a cultura, a
vida social e o meio ambiente.
5)
COMER COM REGULARIDADE E ATENÇÃO, EM AMBIENTES APROPRIADOS E,
SEMPRE QUE POSSÍVEL, COM COMPANHIA
Procure
fazer suas refeições em horários semelhantes todos os dias e evite
“beliscar” nos intervalos entre as refeições. Coma sempre
devagar e desfrute o que está comendo, sem se envolver em outra
atividade. Procure comer em locais limpos, confortáveis e tranquilos
e onde não haja estímulos para o consumo de quantidades ilimitadas
de alimento. Sempre que possível, coma em companhia, com familiares,
amigos ou colegas de trabalho ou escola. A companhia nas refeições
favorece o comer com regularidade e atenção, combina com ambientes
apropriados e amplia o desfrute da alimentação. Compartilhe também
as atividades domésticas que antecedem ou sucedem o consumo das
refeições.
6)
FAZER COMPRAS EM LOCAIS QUE OFERTEM VARIEDADES DE ALIMENTOS IN NATURA
OU MINIMAMENTE PROCESSADOS
Procure
fazer compras de alimentos em mercados, feiras livres e feiras de
produtores e outros locais que comercializam variedades de alimentos
in natura ou minimamente processados. Prefira legumes, verduras e
frutas da estação e cultivados localmente. Sempre que possível,
adquira alimentos orgânicos e de base agroecológica, de preferência
diretamente dos produtores.
7)
DESENVOLVER, EXERCITAR E PARTILHAR HABILIDADES CULINÁRIAS
Se
você tem habilidades culinárias, procure desenvolvê-las e
partilhá-las, principalmente com crianças e jovens, sem distinção
de gênero. Se você não tem habilidades culinárias – e isso vale
para homens e mulheres –, procure adquiri-las. Para isso, converse
com as pessoas que sabem cozinhar, peça receitas a familiares,
amigos e colegas, leia livros, consulte a internet, eventualmente
faça cursos e... comece a cozinhar!
8)
PLANEJAR O USO DO TEMPO PARA DAR À ALIMENTAÇÃO O ESPAÇO QUE ELA
MERECE
Planeje
as compras de alimentos, organize a despensa doméstica e defina com
antecedência o cardápio da semana. Divida com os membros de sua
família a responsabilidade por todas as atividades domésticas
relacionadas ao preparo de refeições. Faça da preparação de
refeições e do ato de comer momentos privilegiados de convivência
e prazer. Reavalie como você tem usado o seu tempo e identifique
quais atividades poderiam ceder espaço para a alimentação.
9)
DAR PREFERÊNCIA, QUANDO FORA DE CASA, A LOCAIS QUE SERVEM REFEIÇÕES
FEITAS NA HORA
No
dia a dia, procure locais que servem refeições feitas na hora e a
preço justo. Restaurantes de “comida a quilo” podem ser boas
opções, assim como refeitórios que servem “comida caseira” em
escolas ou no local de trabalho. Evite redes de fast-food.
10)
SER CRÍTICO QUANTO A INFORMAÇÕES, ORIENTAÇÕES E MENSAGENS SOBRE
ALIMENTAÇÃO VEICULADAS EM PROPAGANDAS COMERCIAIS
Lembre-se
de que a função essencial da publicidade é aumentar a venda de
produtos, e não informar ou, menos ainda, educar as pessoas. Avalie
com crítica o que você lê, vê e ouve sobre alimentação em
propagandas comerciais e estimule outras pessoas, particularmente
crianças e jovens, a fazerem o mesmo.
Referência
BRASIL.
Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde.
Departamento de Atenção Básica. Guia
Alimentar para a População Brasileira.
2
ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. Disponível em:
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/guia_alimentar_populacao_brasileira.pdf
Acesso em: 09/11/2014.
Fonte da Imagem: http://www.finaforma.com.br/belezaesaude/wp-content/uploads/2012/10/alimentacao-saudavel-no-verao-fina-forma-salada.jpg
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