sábado, 6 de dezembro de 2014

Os 10 Passos para uma Alimentação Saudável

Caros leitores, estamos concluindo as atividades do Blog com a nossa décima postagem. Ao longo dessas semanas abordamos as relações entre as classes sociais e a alimentação através de diversas temáticas, iniciando com a história da alimentação, as suas relações com a fome, a desnutrição e as carências de micronutrientes. Discutimos também a questão da obesidade e o fenômeno fast-food, a presença dos alimentos-droga ao longo da história e a relação entre a alimentação e estética através das dietas na atualidade. Percebemos a tendência atual para a busca de uma alimentação saudável, assim como de alimentos funcionais, e refletimos sobre o custo-benefício dessa opção, como a melhoria da saúde e da qualidade de vida da população.
Nessa perspectiva de saúde, encerramos o blog trazendo os dez passos para uma alimentação saudável, publicado recentemente na 2ª edição do Guia Alimentar para a População Brasileira, como forma de incentivar os leitores a continuarem na busca por hábitos de vida e de alimentação saudáveis.




1) FAZER DE ALIMENTOS IN NATURA OU MINIMAMENTE PROCESSADOS A BASE DA ALIMENTAÇÃO
Em grande variedade e predominantemente de origem vegetal, alimentos in natura ou minimamente processados são a base ideal para uma alimentação nutricionalmente balanceada, saborosa, culturalmente apropriada e promotora de um sistema alimentar socialmente e ambientalmente sustentável. Variedade significa alimentos de todos os tipos – grãos, raízes, tubérculos, farinhas, legumes, verduras, frutas, castanhas, leite, ovos e carnes – e variedade dentro de cada tipo – feijão, arroz, milho, batata, mandioca, tomate, abóbora, laranja, banana, frango, peixes etc.

2) UTILIZAR ÓLEOS, GORDURAS, SAL E AÇÚCAR EM PEQUENAS QUANTIDADES AO TEMPERAR E COZINHAR ALIMENTOS E CRIAR PREPARAÇÕES CULINÁRIAS
Utilizados com moderação em preparações culinárias com base em alimentos in natura ou minimamente processados, óleos, gorduras, sal e açúcar contribuem para diversificar e tornar mais saborosa a alimentação sem torná-la nutricionalmente desbalanceada.

3) LIMITAR O CONSUMO DE ALIMENTOS PROCESSADOS
Os ingredientes e métodos usados na fabricação de alimentos processados – como conservas de legumes, compota de frutas, pães e queijos – alteram de modo desfavorável a composição nutricional dos alimentos dos quais derivam. Em pequenas quantidades, podem ser consumidos como ingredientes de preparações culinárias ou parte de refeições baseadas em alimentos in natura ou minimamente processados.

4) EVITAR O CONSUMO DE ALIMENTOS ULTRAPROCESSADOS
Devido a seus ingredientes, alimentos ultraprocessados – como biscoitos recheados, “salgadinhos de pacote”, refrigerantes e “macarrão instantâneo” – são nutricionalmente desbalanceados. Por conta de sua formulação e apresentação, tendem a ser consumidos em excesso e a substituir alimentos in natura ou minimamente processados. Suas formas de produção, distribuição, comercialização e consumo afetam de modo desfavorável a cultura, a vida social e o meio ambiente.

5) COMER COM REGULARIDADE E ATENÇÃO, EM AMBIENTES APROPRIADOS E, SEMPRE QUE POSSÍVEL, COM COMPANHIA
Procure fazer suas refeições em horários semelhantes todos os dias e evite “beliscar” nos intervalos entre as refeições. Coma sempre devagar e desfrute o que está comendo, sem se envolver em outra atividade. Procure comer em locais limpos, confortáveis e tranquilos e onde não haja estímulos para o consumo de quantidades ilimitadas de alimento. Sempre que possível, coma em companhia, com familiares, amigos ou colegas de trabalho ou escola. A companhia nas refeições favorece o comer com regularidade e atenção, combina com ambientes apropriados e amplia o desfrute da alimentação. Compartilhe também as atividades domésticas que antecedem ou sucedem o consumo das refeições.

6) FAZER COMPRAS EM LOCAIS QUE OFERTEM VARIEDADES DE ALIMENTOS IN NATURA OU MINIMAMENTE PROCESSADOS
Procure fazer compras de alimentos em mercados, feiras livres e feiras de produtores e outros locais que comercializam variedades de alimentos in natura ou minimamente processados. Prefira legumes, verduras e frutas da estação e cultivados localmente. Sempre que possível, adquira alimentos orgânicos e de base agroecológica, de preferência diretamente dos produtores.

7) DESENVOLVER, EXERCITAR E PARTILHAR HABILIDADES CULINÁRIAS
Se você tem habilidades culinárias, procure desenvolvê-las e partilhá-las, principalmente com crianças e jovens, sem distinção de gênero. Se você não tem habilidades culinárias – e isso vale para homens e mulheres –, procure adquiri-las. Para isso, converse com as pessoas que sabem cozinhar, peça receitas a familiares, amigos e colegas, leia livros, consulte a internet, eventualmente faça cursos e... comece a cozinhar!

8) PLANEJAR O USO DO TEMPO PARA DAR À ALIMENTAÇÃO O ESPAÇO QUE ELA MERECE
Planeje as compras de alimentos, organize a despensa doméstica e defina com antecedência o cardápio da semana. Divida com os membros de sua família a responsabilidade por todas as atividades domésticas relacionadas ao preparo de refeições. Faça da preparação de refeições e do ato de comer momentos privilegiados de convivência e prazer. Reavalie como você tem usado o seu tempo e identifique quais atividades poderiam ceder espaço para a alimentação.

9) DAR PREFERÊNCIA, QUANDO FORA DE CASA, A LOCAIS QUE SERVEM REFEIÇÕES FEITAS NA HORA
No dia a dia, procure locais que servem refeições feitas na hora e a preço justo. Restaurantes de “comida a quilo” podem ser boas opções, assim como refeitórios que servem “comida caseira” em escolas ou no local de trabalho. Evite redes de fast-food.

10) SER CRÍTICO QUANTO A INFORMAÇÕES, ORIENTAÇÕES E MENSAGENS SOBRE ALIMENTAÇÃO VEICULADAS EM PROPAGANDAS COMERCIAIS
Lembre-se de que a função essencial da publicidade é aumentar a venda de produtos, e não informar ou, menos ainda, educar as pessoas. Avalie com crítica o que você lê, vê e ouve sobre alimentação em propagandas comerciais e estimule outras pessoas, particularmente crianças e jovens, a fazerem o mesmo.


Referência
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Guia Alimentar para a População Brasileira. 2 ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. Disponível em: http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/guia_alimentar_populacao_brasileira.pdf Acesso em: 09/11/2014.

Fonte da Imagem: http://www.finaforma.com.br/belezaesaude/wp-content/uploads/2012/10/alimentacao-saudavel-no-verao-fina-forma-salada.jpg

6 comentários:

  1. A postagem é muito interessante na medida em que traz as recomendações mais atuais do Guia Alimentar da População Brasileira, que possui alguns passos que muitas vezes não são lembrados pelas pessoas, como a preferência por comer em companhia e o exercício das habilidades culinárias. Vale acrescentar também que a preferência por alimentos minimamente processados e em natura se deve ao fato de que são "alimentos ricos em fibras, vitaminas, minerais e substâncias bioativas originais do alimento, além da vantagem de não conterem aditivos químicos. Eles colaboram na prevenção e no tratamento de diversas doenças crônicas causadas, em sua grande maioria, por uma alimentação errada.". Desse modo, é fundamental divulgar as dicas citadas no post para toda a população brasileira, de modo a reduzir os problemas de ordem nutricional no país.
    Fonte; http://www.jornaldomercadopoa.com.br/index.php?view=article&id=436%3Aos-beneficios-e-sabores-de-uma-alimentacao-natural&option=com_content&Itemid=79

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  2. Achei muito interessante essa ultima postagem por permitir à nós, leitores, desenvolver uma alimentação saudável seguindo apenas 10 passos simples. Em suma, é deve-se valorizar os alimentos in natura e os minimamente processados, uma vez que estes são ricos em fibras, vitaminas e proteínas; em detrimento ao consumo de alimentos muito processados, que são ricos apenas em açucares e lipídeos ( sendo que o excesso destes pode levar ao aparecimento de doenças crônicas, como diabetes e problemas cardiovasculares). Lógico que não se deve cortar todo carboidrato e lipídeo da dieta, o importante é manter uma dieta balanceada, com quantidades adequadas de cada nutriente, o só se obtém por meio de alimentação diversificada.

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  3. Os dez passos para uma alimentação saudável são fáceis de cumprir e são extremamente importantes para a saúde e proporcionam uma maior qualidade de vida inclusive na velhice! Hábitos saudáveis previnem doenças crônicas, que são responsáveis pela maior parcela da mortalidade atual. Comer comidas menos processados, mais naturais, diminuem o nivel de gorduras trans e substâncias cancerígenas , comer em companhia propicia uma digestão ideal, prazerosa, sem estressada com o sistema parassimpatico ativo. se conscientizar sobre o que você come é fundamental para entender como você está tratando o seu corpo. Então o ideal é comer de forma tranquila e prazerosa para um melhor funcionamento da digestão.

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  4. A intenção do Guia Alimentar é promover a saúde e a boa alimentação, combatendo a desnutrição, em forte declínio em todo o país, e prevenindo enfermidades em ascensão, como a obesidade, o diabetes e outras doenças crônicas, como AVC, infarto e câncer. Além de orientar sobre qual tipo de alimento comer, a publicação traz informações de como comer e preparar a refeição, e sugestões para enfrentar os obstáculos do cotidiano para manter um padrão alimentar saudável, como falta de tempo e inabilidade culinária. Como disse o ministro da saúde, Artyhur Chioro, mais do que um instrumento de educação alimentar e nutricional, o guia se insere dentro da estratégia global de promoção da saúde e do enfrentamento e do excesso de peso, que já atinge mais da metade da população brasileira. A carga de doença associada à obesidade é imensa. Para sair da agenda da doença, precisamos trabalhar pela melhoria da alimentação e incentivar a prática de hábitos saudáveis. Não estamos proibindo nada, mas temos recomendações claras de qual alimento priorizar.

    http://www.blog.saude.gov.br/index.php/570-destaques/34678-ministerio-da-saude-lanca-guia-alimentar-para-a-populacao-brasileira
    Fonte:

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  5. Do ponto de vista da alimentação saudável, sugere-se que as recomendações devem basear-se em alimentos mais do que em nutrientes. Assim, a Organização Mundial de Saúde, em publicação recente, sugere o estabelecimento de metas realísticas de consumo de alimentos específicos, sendo estes alimentos identificados em função dos nutrientes que se pretendam abranger. No estabelecimento das recomendações para a população brasileira consideramos como relevante as intervenções referentes a prevenção da obesidade, das doenças cardiovasculares, câncer, diabetes tipo 2 e osteoporose e, quanto à definição dos nutrientes, são incluídos aqueles cujos achados são mais consistentes na literatura: consumo de gorduras, com ênfase nas gorduras saturadas e trans, de ácido fólico, vitamina C e E, sódio, cálcio e no consumo de fibras. A proposta de uma dieta para a população brasileira tem, ainda, outros dois pressupostos: o resgate dos hábitos alimentares saudáveis próprios da comida brasileira; e a identificação de alimentos, ou grupo de alimentos, cujo consumo deva ser estimulado, mais do que formular proibições. O feijão é um destes elementos de resgate, pelo seu conteúdo em fibras, em ácido fólico e em ferro.O desenvolvimento de guias para o Brasil é também resposta ao crescente interesse do público em geral, dos profissionais de saúde e dos planejadores em saúde, em relação ao papel da dieta na promoção da saúde e prevenção das doenças crônicas. Estas recomendações visariam atender, as necessidades como expressão das potencialidades humanas e não aquelas redefinidas e priorizadas pela ótica exclusiva do serviço de saúde. Fomentar atividades de informação ao consumidor e estabelecer especificação para rotulagem pelo Ministério da Saúde seriam metas importantes dentro desta ótica.

    Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S000427302000000300007&script=sci_arttext&tlng=pt

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  6. Isso mesmo, a alimentação saudável é o princípio básico para quem anseia por uma vida saudável. Com certeza pensamos em ter uma vida longa, por isso para que essa expectativa se conclua, deve-se caminhar por trilhas seguras como alimentação adequada (nutritiva e natural), e um pouco de exercício físico. Com dito em várias postagens ao longo desse trabalho de bioquímica, um futuro obscuro de doenças crônicas pode estar nos esperando um pouco adiante. Cuidemos, hoje, da nossa saúde e também da saúde de nossos futuros pacientes com boas orientações.

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