Nesse
post iremos abordar o aumento da obesidade entre as classes sociais
na atualidade e sua relação com o fenômeno das comidas fast food.
O ritmo de vida das sociedades modernas têm levado a população a
recorrer a alimentações mais rápidas para ganhar tempo entre as
diversas atividades do dia-a-dia. Dessa forma as comidas prontas, os
enlatados e os fast-food foram tomando espaço na vida das mais
diferentes classes sociais.
Simultaneamente
à uma intensa redução dos casos de desnutrição o Brasil vem
enfrentando um aumento expressivo do sobrepeso e da obesidade em
todas as faixas etárias e consequentemente as doenças crônicas são
as principais causas de morte entre os adultos. O excesso de peso
atinge um a cada dois adultos e uma a cada três crianças no Brasil,
números alarmantes que
o caracterizam como um problema de saúde publica.¹
A
obesidade destaca-se por ser simultaneamente uma doença e um fator
de risco para outras doenças como a hipertensão e o diabetes,
agravos com taxas semelhantes de elevação no país. O modo de viver
da sociedade moderna aliado ao sedentarismo tem determinado um padrão
alimentar que, em geral, não é favorável à saúde da população,
colocando a obesidade como um dos grandes desafios do contexto atual
da saúde.²
A
prevenção e o diagnóstico precoce da obesidade são relevantes
aspectos para a promoção da saúde e redução da morbimortalidade,
não somente pelo risco de promover o aparecimento de outras doenças,
mas também por provocar prejuízos à qualidade de vida e
expectativa de vida. Tal agravo ainda tem implicações diretas na
aceitação social dos indivíduos, pelo fato de encontrarem-se
excluídos da estética difundida pela sociedade contemporânea.²

“No
Brasil, segundo dados da última pesquisa de orçamentos familiares
(POF 2008), cerca de 15% dos adultos apresentam obesidade e cerca de
metade da população maior de 20 anos apresenta excesso de peso. O
que mais chama a atenção nessa epidemia é a velocidade com que ela
aumentou nas últimas décadas. Em 1975 (IBGE, 1976) a obesidade
estava presente em 2,8% dos homens e 7,8% das mulheres; já em 2003,
(IBGE, 2010) a prevalência entre homens era de 8,8% e de 12,7% em
mulheres. Em 2009, a prevalência de obesidade era de 12,5% entre
homens e de 16,9% entre as mulheres. O excesso de peso, que
compreende o sobrepeso e a obesidade, atualmente acomete 50,1% dos
homens e 48% das mulheres (IBGE, 2010)”.²
De
acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a obesidade é um
agravo de caráter multifatorial decorrente de um balanço energético
positivo que favorece o acúmulo de gordura, associado a riscos para
a saúde devido à sua relação com complicações metabólicas,
como por exemplo a elevação da pressão arterial, dos níveis de
colesterol e triglicerídeos sanguíneos e a resistência à
insulina. Suas causas envolvem fatores biológicos, históricos,
ecológicos, econômicos, sociais, culturais e políticos.²
O
excesso de peso tem como principais determinantes o padrão alimentar
e o gasto energético. O padrão atual identificado na população
brasileira através de pesquisas nacionais evidenciam o fenômeno de
transição nutricional da população, que se caracteriza
pelo elevado percentual de consumo de alimentos ricos em açúcar,
gorduras saturadas, gorduras trans, sal e pelo baixo consumo de
carboidratos complexos e fibras.² As comidas do tipo fast-food são muito apreciadas na atualidade, mas os padrões nutricionais desses alimentos não são indicados para o consumo constante, pois são ricos em gorduras hidrogenadas, açúcar, sódio e calorias.³
A
obesidade atualmente tem se caracterizado como um importante problema
de saúde pública mundial, principalmente pelo fato de ser
precursora de outras doenças, prejudicando ainda mais a qualidade e
a expectativa de vida dos atingidos por ela. Desse modo, deve ser
dada especial atenção ao cuidado desses usuários com enfoque
principal na prevenção dos casos de risco através de incentivos a
uma alimentação saudável e a realização de atividades físicas
regulares.
Referências
1.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde.
Departamento de Atenção Básica. Guia
Alimentar para a População Brasileira.
2 ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. Disponível
em:
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/guia_alimentar_populacao_brasileira.pdf
Acesso em: 09/11/2014.
2.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde.
Departamento de Atenção Básica. Estratégias
para o cuidado da pessoa com doença crônica: obesidade.
Brasília:
Ministério da Saúde, 2014. Disponível
em:
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/caderno_38.pdf
Acesso em 08/11/2014.
3.
PACIEVITCH, Thaís. Fast-Food. InfoEscola Navegando e
Aprendendo. Disponível em:
http://www.infoescola.com/curiosidades/fast-food/
Acesso em: 09/11/2014.
Fonte da Imagem: http://asboasnovas.com/arquivos/noticias/detalhe/obesidade_zero.jpg
Fonte da Imagem: http://asboasnovas.com/arquivos/noticias/detalhe/obesidade_zero.jpg
Uma pesquisa divulgada nos Estados Unidos comprovou em números um fenômeno que pode ser visto nas ruas. O número de pessoas acima do peso ideal está crescendo, no planeta. E o Brasil é um dos países no topo da lista da obesidade. A mudança radical nos hábitos dos brasileiros nos últimos 30 anos levou o país a ocupar a quinta posição no ranking mundial da obesidade: 60 milhões de brasileiros estão acima do peso. E 22 milhões considerados obesos.Os Estados Unidos estão no topo do ranking, seguidos da China, Índia, Rússia e Brasil. No mundo tem sido verificado uma transição epidemiológica, a principal carga de doenças eram as infecciosas. Hoje, as doenças crônicas representam uma parcela significativa da mortalidade. A globalização de hábitos alimentares como o fast food e a vida sedentária devido às novas tecnologias tem aumentado o numero de obesos e de pessoas que sofrem de doenças crônicas, como hipertensão e diabetes. Em 2010, o governo americano implantou nas escolas do país um programa para combater a obesidade. Mas tem sido grande a resistência. No Brasil também deve-se adotar medidas que promovam a saúde e a vida saudável, prevenindo as doenças crônicas.
ResponderExcluirSe, por um lado, a prática alimentar se adapta à restrição de tempo, por outro, a indústria de alimentos capitaliza esta problemática, oferecendo soluções para reduzir o gasto de tempo com a alimentação. Alimentos pré-cozidos, congelados, enlatados, reduzem as tarefas de preparo da alimentação. Na área de serviço, entregas em domicílio, drive-thru , fast food, são opções para o consumo imediato. Este panorama retrata duas tendências simultâneas: enquanto a alimentação tradicional vem perdendo espaço, novas práticas alimentares estão em ascensão. Para a Organização Mundial da Saúde, a incidência de obesidade pode ocorrer pela interação dos fatores dietéticos, ambientais e também, pela predisposição genética dos indivíduos, porém evidências apontam que o aumento da prevalência da obesidade em diferentes grupos populacionais relaciona-se, em especial, ao aumento do sedentarismo e aos hábitos alimentares inadequados por existir poucas evidências de que algumas populações são mais suscetíveis à obesidade por motivos genéticos. Vários fatores são importantes na gênese da obesidade, como os genéticos, os fisiológicos e os metabólicos; no entanto, os que poderiam explicar este crescente aumento do número de indivíduos obesos parecem estar mais relacionados às mudanças no estilo de vida e aos hábitos alimentares. O aumento no consumo de alimentos ricos em açúcares simples e gordura, com alta densidade energética, e a diminuição da prática de exercícios físicos, são os principais fatores relacionados ao meio ambiente
ResponderExcluirFonte: http://amaivos.uol.com.br/amaivos09/noticia/noticia.asp?cod_noticia=6402&cod_canal=33
ExcluirA industrialização e urbanização trouxeram aumento da ingestão de calorias e diminuição da atividade física, estabelecendo o princípio do sobrepeso, ou seja, maior ingestão calórica e menor gasto energético, com acúmulo de gordura. Na população infanto-juvenil, outros fatores agravam o problema, como o desmame precoce e introdução de alimentos altamente calóricos desde o inicio da vida. Crianças e jovens tem cada vez menos espaços gratuitos para praticar atividades físicas e incorporam formas de lazer sedentárias, como computadores e televisão. As refeições rápidas e fora de casa com refrigerantes, salgadinhos, sanduíches e biscoitos substituíram o arroz, feijão, carne e verdura, até mesmo a merenda escolar. Ao se focalizar a obesidade pelos aspectos vinculados à alteração na dieta, cabe destacar que o aumento da ingestão energética pode ser decorrente tanto de elevação quantitativa do consumo de alimentos como de mudanças na dieta que se caracterizam pela ingestão de alimentos com maior densidade energética, ou pela combinação dos dois. O processo de industrialização dos alimentos tem sido apontado como um dos principais responsáveis pelo crescimento energético da dieta da maioria das populações do Ocidente.
ResponderExcluirReferência: http://www.ucg.br/ucg/eventos/Obesidade_Curso_Capacitacao_Ambulatorial/Material_Consulta/Material_Nutricao/O%20impacto%20da%20moderniza%E7%E3o%20na%20transi%E7%E3o%20nutricional%20e%20obesidade.pdf
De fato com o advento das revoluções industriais tem-se prezado a economia de tempo e para isso se popularizou bastante o habito de comer fora de casa ou no trabalho. Acontece que nessas situações as pessoas acabam por ingerir muitos alimentos industrializados, que são ricos em gorduras. O consumo constante dessas gorduras acaba por fazer muito mal ao organismo, que tem mais tendência a desenvolver DCNT ( doenças crônicas não transmissíveis) como diabetes ou hipertensão. Além disso comer muito fast food acaba por deixar as pessoas mais gordinhas, o que tem contribuindo para aumentar as taxas de obesidade em todo o globo. Portanto, é preciso que o governo tome uma atitude com o intuito de estimular a difusão de hábitos alimentares mais saudáveis para as pessoas, além de estimular a prática de exercício físicos, que fazem muito bem ao organismo.
ResponderExcluirA obesidade é um problema complicado, pois está relacionada a vários agravos de saúde, ditos crônicos. E a tendência é que esse panorama de sobrepeso e obesidade ganhe corpo na população brasileira, por motivos já citados na publicação. E isso é grave, porque a obesidade, hoje, no Brasil, direta ou indiretamente, responde por 60% do ônus nos gastos em saúde, sendo responsável por 72% das mortes ocorridas aqui. Essa condição aumenta as chances de diabetes e hipertensão que são responsáveis pela maioria das cardiopatias crônicas, doença que mais mata no país. Por isso, a obesidade e os fatores que a fomentam devem ser objetos de ação de saúde pública prioritariamente. Referência : http://www.scielosp.org/pdf/csp/v23n4/16.pdf
ResponderExcluirComo foi dito anteriormente, o consumo de alimentos desequilibrados nutricionalmente e com diversas substâncias como corantes, aromatizantes, etc, vem contribuindo para a piora da saúde das pessoas, principalmente dos jovens (mais suscetíveis à cultura global dos fast foods e ao marketing desse setor). No caso da obesidade, é válido acrescentar que "Pacientes obesos apresentam limitações de movimento, (...) sobrecarregam sua coluna e membros inferiores, apresentando a longo prazo degenerações (artroses) de articulações da coluna, quadril, joelhos e tornozelos, além de doença varicosa superficial e profunda (varizes) com úlceras de repetição e erisipela. A obesidade é fator de risco para uma série de doenças ou distúrbios que podem ser: hipertensão arterial, distúrbios lipídicos, doenças cardiovasculares, hipercolesterolemia, doenças cérebro-vasculares, diminuição de HDL ("colesterol bom"), diabetes Mellitus tipo II, câncer, intolerância à glicose, osteoartrite, distúrbios menstruais/Infertilidade(...)"
ResponderExcluirFonte:http://www.abcdasaude.com.br/endocrinologia/obesidade
A obesidade é realmente uma doença de alto risco, porque interfere de forma maléfica em todos os sistemas do corpo, como fator determinante para uma série de outras doenças como diabetes tipo2, problemas cardiovasculares, problemas de sono, respiratórios, entre outros. Sua gravidade aumenta ainda mais pelo crescimento vertiginoso do número de obesos nos últimos anos, sendo mais preocupante ainda pela população infantil. A industria alimentícia usa a combinação entre marketing, preços mais acessíveis, comodidade e alimentos "engenheiristicamente" elaborados para influenciar a preferencia atual da população para produtos industrializados. De fato é investido uma quantidade imensa de recursos em pesquisas para desenvolvimento de alimentos irresistíveis, com uma proporção "perfeita" entre sal, açúcar e gordura, associados a uma consistência muito agradável, propagandas que trabalham com o psicológico e com o sistema de recompensas do cérebro, pra fazer com que a pessoa sinta necessidade de consumir esses produtos. Além de tudo, talvez a maior causa para essa situação seja o pouco tempo que as pessoas dedicam para a alimentação hoje em dia. Durante uma rotina de trabalho com no máximo 2 horas de intervalo para almoço, em que muitas vezes o trânsito ainda reduz muito o tempo útil, sobra como opção uma alimentação rápida, e na maioria das vezes industrializada. Dessa maneira, na sociedade atual as pessoas dedicam maior parte do seu tempo para ganhar dinheiro, que então será usado para tratar a saúde perdida durante aquele período.
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